domingo, 29 de maio de 2011

Mário Peixoto

Limite – A trajetória de um filme:


A inspiração para a  realização do filme,   conforme o próprio Mário Peixoto foi de um cartaz de uma fotografia por André Kertesz na 74. edição da revista francesa VU, visto por acaso num passeio pelas ruas de Paris, em 1929 em sua viagem com o seu pai, para a criação final do filme , porém foi a partir do final que ele constrói o esboço da história.  


A linguagem da foto de uma mulher  abraçada por um homem algemado, foi a estrutura do cenário do filme,o estilo criado para o desenvolvimento da linguagem visual  para a história, onde o tema propõem a percepção poética nas imagens entre o limite de homens e mulheres.

As filmagens  foram produzidas na  fazenda Santa Justina de seu primo Victor de Souza Breves, no município de Mangaratiba,começaram em meados de 1930,um filme mudo, com músicas clássica no tema como: Borodin, Cesar Frank, Debussy, Prokofieff, Ravel, Satie e Strawinsky , foi utilizado filme pancromático material importado com alta sensibilidade para escalas de cinza, a  direção de  fotografia  foi realizada por Edgar Brazil.

Sua primeira exibição foi em 17 de maio de 1931, no teatro Capitólio, na cidade do Rio de Janeiro. Apesar de apresentar criticas boas, sua recepção diante ao público foi negativa e não teve  distribuição comercial.

Limite foi o seu único filme acabado. Peixoto também teve outros projetos,mas por motivos financeiros e pessoais ficam inacabados, como "Onde A Terra Acaba (1931)", mesmo ano que filmava Limite,"Constância e Mormaço (1936)", entre outros.

Dentro destes projetos de roteiros, escreveu poemas e o livro "O inútil de cada um" , com seis volumes e apenas um volume foi lançado em 1984, em 1964 junto com  Saulo Pereira de Mello "Outuno/O jardim petrificado". O filme Limite é considerado o melhor filme brasileiro, por cineastas nacionais,e pela sua poesia muda.   
                                                                               




 Biografia :
Mário Rodrigues Breves Peixoto (Bruxelas, 25 de março de 1908 — Rio de Janeiro, 3 de fevereiro de 1992) foi um cineasta, roteirista e escritor brasileiro.
É autor de livros como o romance O inútil de cada um (1984), Outono - Jardim petrificado (roteiro) e Escritos sobre Cinema (2001) e Poemas de Permeio com o Mar (2002). 

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