Textos criados a partir de experimentação feita em sala de aula - brain storm
Crônica por Adriano Bertanha
Visão do entretenimento massivo.
O entretenimento da maioria urbana passa por um filtro de paredes de concreto, para reter o conteúdo, para o resto a percepção é simples, mas a vida continua seca para todos em algum momento de comunicação. A coexistência de todas vertentes sempre será conturbada na terra dos homens.
Não faz sentido não se questionar nesse cenário de desejos materialistas impostos, vestidos de ilusões desgastadas pelas velhas gerações. A chuva de informações desmente a comunicação da flor midiática, já ferida pelas atuais gerações do “alternativismo”.
A porta se abre diante do jovem, para ver a humanidade, mas ele se fecha em dilúvios de cultura sem conteúdo que se eterniza como um eco na caverna do limbo forjado.
Não faz sentido não se questionar nesse cenário de desejos materialistas impostos, vestidos de ilusões desgastadas pelas velhas gerações. A chuva de informações desmente a comunicação da flor midiática, já ferida pelas atuais gerações do “alternativismo”.
A porta se abre diante do jovem, para ver a humanidade, mas ele se fecha em dilúvios de cultura sem conteúdo que se eterniza como um eco na caverna do limbo forjado.
Evandro Messias
O concreto invade as cidades. Paredes se levantam por todos os lados, intransponíveis. Faces se mostram indiferentes à arquitetura e tudo se confunde. O movimento é escasso e as pessoas gostam do estático. O tempo passa, mas é como se estivesse parado. Cortinas de fumaça se estendem ao horizonte. A jornada diária começa em mais um dia. Comunicação só a eletrônica. Toque nem pensar. A existência virtual deu lugar ao que antes era real. Cheiro de terra é algo distante no pouco de verde que ainda existe. Sentido mesmo, só é lembrado os dos veículos. No fundo, ainda há um desejo vestido na imaginação do povo. A sociedade sofre um desgaste. A chuva que cai, faz lembrar-se da natureza. Em algum lugar, uma flor teima em brotar. Ferida pelos gazes estranhos e sufocantes. Em algum lugar, uma porta se abre. A humanidade deve se reinventar, por sobrevivência. Será necessário um dilúvio para um recomeço? Pode não ser eterna, mas é preciso um novo começo.
Rodrigo Florentino
Ruído azul ao longe.
Rodrigo Florentino
Ruído azul ao longe.
Sons de velas queimando nos olhos da brisa.
A rua branda na linha do horizonte tênue.
A leva de besouros já está ao meio.
Ouve?
É o ruído azul..
Como o cheiro de mato molhado rasgado molhado.
No céu, o véu fino do tempo, do uso.
Pinga de lembranças doces no amargo da fúria nostálgica adormece.
Pequenos passos desabam em calmaria.
Agora é o sentir..